PEQUIM (Reuters) – O Brasil ultrapassou a Bélgica como o maior mercado de exportação de novos veículos de energia chineses, mostraram dados da indústria, à medida que as montadoras chinesas aumentam as vendas para mercados não europeus em meio à investigação anti-subsídios da União Europeia em veículos elétricos chineses.
As exportações de carros elétricos puros e híbridos plug-in para o Brasil subiram 13 vezes ano a ano para 40.163 unidades em abril, tornando-se o maior mercado de exportação pelo segundo mês consecutivo, de acordo com dados da Associação de Carros de Passageiros da China (CPCA).
O aumento acentuado das exportações para o Brasil, que foi o 10o maior mercado de exportação em janeiro, vem à frente de um aumento adicional nas tarifas sobre as importações de EVs e veículos híbridos a partir de julho, à medida que o país sul-americano procura incentivar a produção local de automóveis.
Várias montadoras chinesas já começaram a aumentar os investimentos para a produção local no Brasil. A BYD começou a construir um complexo de fabricação lá para iniciar a produção local até o final do ano ou no início de 2025 e a Great Wall Motor disse que sua fábrica no Brasil começaria a operar este mês.
O Brasil também se tornou o segundo maior destino de exportação da China para todos os carros em abril, atrás da Rússia, que manteve seu primeiro lugar.
Espera-se que a Rússia, que está sujeita a sanções ocidentais, continue sendo o maior mercado de exportação de carros da China, disse o secretário-geral da CPCA, Cui Dongshu.
Espanha, França, Holanda e Noruega estavam entre os países que viram as maiores quedas nas importações de veículos elétricos de passageiros fabricados na China em janeiro-abril, de acordo com dados da CPCA.