Uma nova onda de até 15 mil migrantes deverá atingir a já inundada fronteira sul dos EUA, enquanto o secretário de Estado, Antony Blinken, se prepara para uma terrível visita de Estado ao México no final desta semana.
Vindo principalmente de Cuba, Haiti e Honduras, a recém-formada caravana de cerca de 8.000 requerentes de asilo começou a sua marcha através do México até à fronteira dias antes da reunião de Blinken com o presidente mexicano, Andrés López Manuel Obrador, para discutir o aumento da imigração ilegal.
O desafiador activista radical dos direitos dos migrantes Luis Garcia Villagran, que acompanha o grupo, previu que o número surpreendente poderá aumentar para 15.000 pessoas quando chegar à fronteira.
“Não vamos parar – vamos continuar caminhando”, prometeu ele.
Partindo da cidade de Tapachula, no sul do México, a multidão iniciou sua jornada na véspera de Natal.
Os migrantes na frente da missa seguravam uma grande cruz juntamente com uma faixa que dizia “Êxodo da pobreza”.
Autoridades de Tapachula disseram que os recursos da cidade estavam sendo escassos para acomodar os migrantes que ali se reuniam em massas incontroláveis.
“O problema é que a fronteira sul [com a Guatemala] está aberta e 800 a 1.000 pessoas a atravessam diariamente”, disse Villagran. “Se não sairmos de Tapachula, a cidade entrará em colapso.”
